9 anos + 9 meses + 9
filmes (ciclo fundador, desde 2011) + 9 filmes (ciclo do Núcleo de Cinema da AEFCT,
desde 2015) = 126 filmes
Uma Pequena Grande História
do Cine Clube da Biblioteca da FCT/UNL
Com obras de
realizadores oriundos de todos os continentes, com datas de realização desde 1915
até ao presente, o cinema está bem vivo na FCT: poliglota, de temática múltipla
e de todos os géneros desde a comédia, o thriller,
o film noir, a tragicomédia, a
tragédia e a ficção científica até ao documentário, os filmes de animação e,
ainda, o cinema de protesto. O cinema – uma arte em que o/a espectador/a se
aprende a ver através do olhar oblíquo das imagens em movimento no ecrã – nasceu
na modernidade. Portanto, a história da sua génese e inovações tecnológicas, da
sua memória filmográfica e do seu impacte político e social reflecte bem o que
define todo o ser moderno questionante, indagador e criativamente inquieto. Sabe
que vive imerso num projecto civilizacional que faz dele um work-in-progress, um/a viajante mental,
um poeta dos instantes vividos; sabe que pertence tanto ao mundo material
quanto à noosfera imaterial de que todos somos filhos e pais. Daí que o cinema crie
connosco um “espaço” de intensíssima interacção, um olhar ora crítico, ora divertido
e um drama de expectância e revelação. O cinema dá-nos esta lição: crescemos
de ideia em ideia, de descoberta em descoberta e de imagem em imagem. Ver um filme é também ver-se a si próprio. Assim entendido, o ecrã é uma janela (para um olhar mais amplo sobre o mundo); é uma invulgar porta (para uma nova percepção
do estado do mundo); e é um convite (para tratarmos o mundo por «tu»).
O cinema encena a performance prodigiosa de uma espécie em perpétuo movimento.
O cinema encena a performance prodigiosa de uma espécie em perpétuo movimento.
Christopher Auretta
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