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Dia Nacional da Cultura Científica

Mesa redonda
“Celebrar o Cosmos de Alexander von Humboldt”

Auditório | Biblioteca FCT NOVA, Campus de Caparica
Nov 25, 2019, 14H

O director da Biblioteca da FCT NOVA, Campus de Caparica em colaboração com a Professora Maria Rosa Paiva (DCEA) têm o prazer de convidar para as celebrações do Dia Nacional da Cultura Científica.

Alexander von Humboldt

Explorações / Cosmos / Mudanças Climáticas

O Dia Nacional da Cultura Científica comemora-se em Portugal por volta de nov 24, desde 1996, por iniciativa do Professor Mariano Gago. Neste dia nasceu Rómulo de Carvalho (1906), o Professor de Física e Química responsável pela promoção do ensino da ciência e da cultura científica no nosso país. Rómulo de Carvalho foi também poeta, sob o pseudónimo de António Gedeão.
A Biblioteca da FCT NOVA, cedo se associou a esta data, celebrando o Professor/Poeta mas também figuras da cultura e ciência. Múltiplos eventos tiveram lugar, epara o ano 2019, encontrámos uma figura incontornável: Alexandre Humboldt, e associamo-nos aos 250 anos do seu nascimento.
A personalidade e o impacto científico de Friedrich Wilhelm Heinrich Alexander von Humboldt (1769-1859) são o ponto central deste evento: diplomata prussiano, geógrafo, naturalista, explorador, filósofo e cientista. O trabalho quantitativo de Humboldt sobre geografia botânica lançou as bases para o campo da biogeografia e para os levantamentos geomagnéticos e meteorológicos modernos. Viajou extensivamente pelas Américas, foi um dos primeiros a propor o movimento dos continentes e ressuscitar o uso da palavra cosmos do grego antigo, foco de longo tratado em múltiplos volumes, no qual procurou unificar diversos ramos do conhecimento e da cultura científicos. Esse importante trabalho também motivou uma percepção holística do universo, como uma entidade que interage. Humboldt foi o primeiro descrever o fenómeno e a causa das mudanças climáticas induzidas pelas populações humanas.
José Moura, 2019

A Ecologia surgiu quando a aproximação clássica observacional e descritiva da natureza transitou para um nível quantitativo, integrador e trans-disciplinar. Tal avanço deve-se maioritariamente à tenacidade e ao génio de Alexander von Humboldt, que reconheceu a interligação de todos os seres vivos, quer entre si, quer com os constituintes inorgânicos da Terra. Alertou também para as desastrosas consequências da poluição do ar e da substituição das florestas por monoculturas, o que revela ter identificado a capacidade reguladora da natureza, só dois séculos mais tarde denominada serviços de regulação dos ecossistemas. Referiu a necessidade de uma teoria científica unificadora, porém apontou problemas que, até hoje, impediram a sua génese. Reprovou as iniquidades sociais, sendo um abolicionista e anti-colonialista convicto. Em 1827, tomou a iniciativa de permitir, pela primeira vez, a presença de mulheres nas suas palestras, na Universidade (Wilhem von) Humboldt de Berlim. A sua obra contem princípios e questões de grande atualidade.
Maria Rosa Paiva, 2019

PROGRAMA

Diretor Biblioteca, NOVA Faculdade de Ciências e Tecnologia
“Introdução breve”
Maria Rosa Paiva (Moderadora)
Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente, NOVA Faculdade de Ciências e Tecnologia

Intervenientes:
Centro de História, Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa
“The myth of Alexander von Humboldt entering Brazil in 1800”
Departamento de Ciências Sociais Aplicadas, NOVA Faculdade de Ciências e Tecnologia
“Alexander von Humboldt (1769-1859), uma viagem”
Departamento de Ciências Sociais Aplicadas, NOVA Faculdade de Ciências e Tecnologia
“Early signs of consilience in the thought of Alexander von Humboldt: observation, cosmos and the quest for (scientific, moral and intellectual) synthesis”







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