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Semana Internacional do Acesso Aberto | 2011


  A Semana do Open Access é promovida pelo SPARC (Scholarly Publishing and Academic Resources Coalition) desde 2007. Este evento é uma oportunidade para a comunidade académica se familiarizar com os potenciais benefícios do Acesso Aberto, para partilhar experiências e incentivar a um maior envolvimento dos investigadores, ajudando a tornar o acesso aberto uma forma privilegiada de comunicação em ciência.
A equipa da Biblioteca da FCT associa-se, pelo segundo ano consecutivo, às iniciativas desenvolvidas a nível internacional para assinalar a Semana do Open Access. Ao longo da semana de 24 a 30 de Outubro serão realizadas as seguintes actividades:


28 de Outubro de 2011
O Acesso Aberto na UNL
Sessões contínuas sobre Acesso Aberto
Biblioteca Piso 0


27 de Outubro de 2011
“Tudo o que precisa de saber sobre Acesso Aberto em 30 minutos.”
Rosário Duarte | Salima Rehemtula
Auditório da Biblioteca | 13:30h

Sessões contínuas sobre Acesso Aberto
Biblioteca Piso 0

Testemunhas do Acesso Aberto
Os benefícios do Acesso Aberto não se limitam à comunidade científica. A sociedade como um todo beneficia da livre disponibilização da informação científica.
Seguem-se alguns testemunhos, na primeira pessoa, de como o Acesso Aberto facilita e promove a comunicação em ciência e contribui para o progresso científico.

Autores e editores da BioMed Central discutem os benefícios da publicação em Acesso Aberto:



Acesso Aberto a 6 vozes:
Voices of Open Access from Open Access Videos on Vimeo.

Michael Nielsen, um dos pioneiros da Computação Quântica, fala dos benefícios da Ciência Aberta:


 
26 de Outubro de 2011
Banca do Acesso Aberto
Biblioteca Piso 0 (11-15h)
Sessões contínuas sobre Acesso Aberto
Biblioteca Piso 0

Se Rousseau fosse vivo escreveria o Discurso sobre o “Acesso Aberto e a igualdade no acesso à informação científica”.
Em 1754, Jean-Jacques Rousseau, no seu Discours sur l'origine et les fondements de l'inégalité parmi les homes, referiu que:
“vous êtes perdus si vous oubliez que les fruits sont à tous et que la terre n’est à personne“
Mais de dois séculos depois, e no contexto do movimento do Acesso Aberto, a frase retirada do discurso de Rosseau, verbaliza a mudança de paradigma que se observa no sistema de comunicação em Ciência.
No “velho paradigma”, as editoras e revistas científicas tradicionais constituem o meio privilegiado para a disseminação dos trabalhos científicos, através do formato predominantemente impresso e mediante uma subscrição. Em troca, os autores cedem o copyright, uma vez que, o seu principal interesse é o impacto e a visibilidade conseguidos através da publicação numa revista de reconhecido valor pela comunidade académica da sua área científica.
No “novo paradigma”, os autores passam a dispor de formas alternativas de publicação dos seus trabalhos, e com uma disseminação mais ampla, devido à utilização do formato online e ausência de subscrição, mas mantendo o copyright. Referimo-nos à publicação em revistas de acesso aberto e/ou à disponibilização em repositórios institucionais e/ou temáticos de acesso aberto.
Os grandes catalisadores da transição entre estes dois paradigmas têm sido a Internet, com todas as possibilidades que se abrem na sua utilização como meio de difusão da informação científica, e o aumento substancial do custo de subscrição das revistas científicas ao longo dos anos.
O estudo Economic Analysis of Scientific Research Publishing, comissionado pela Wellcome Trust, indica que, entre os anos 1990 e 2000, se verificou um aumento médio de 178.3% no preço das revistas científicas e técnicas. 
Dado o custo proibitivo das revistas científicas, muitas instituições de ensino superior têm vindo a cancelar as suas subscrições, limitando o acesso à informação científica aos seus docentes, investigadores e alunos. Estes, no papel de autores, muitas vezes, acabam por ver os resultados da sua investigação publicados em revistas que não são subscritas pela sua instituição.
Desta forma, o modelo económico de publicação, segundo o “velho paradigma”, tem constituído um entrave ao progresso científico, à educação e a uma sociedade mais esclarecida.
Algumas agências de financiamento para a Ciência, nomeadamente, o European Research Council, Wellcome Trust e National Institutes of Health, já contemplam nos seus acordos de financiamento a obrigatoriedade de disponibilização, dos resultados de investigação por si financiados, em acesso aberto, tendo em vista um maior retorno do investimento através de uma ampla disseminação desses resultados.
Algumas instituições de ensino superior já implementaram mandatos de Acesso Aberto, que visam a disponibilização da produção científica da instituição, em acesso aberto, no repositório digital da mesma.
A evolução dos mandatos de Acesso Aberto pode ser consultada em: http://roarmap.eprints.org/
O seguinte vídeo ilustra a visão economicista do modelo tradicional de comunicação científica, que é alheia ao valor social da Ciência.
Se Rosseau fosse vivo faria suas as palavras que constam na Budapest Open Access Initiative Declaration:
“Removing access barriers to this literature will accelerate research, enrich education, share the learning of the rich with the poor and the poor with the rich, make this literature as useful as it can be, and lay the foundation for uniting humanity in a common intellectual conversation and quest for knowledge.”


Prof. Mary Abukutsa-Onyango discusses the importance of Open Access for research from Kenya and other African countries from Leslie Chan on Vimeo.

25 de Outubro de 2011
Banca do Acesso Aberto
Edifício VII (11-15h)
Sessões contínuas sobre Acesso Aberto
Biblioteca Piso 0

O que existe de comum entre o Acesso Aberto e o 7º Programa Quadro (FP7)?

O FP7 ou Sétimo Programa-Quadro para a Investigação e Desenvolvimento Tecnológico é o principal instrumento utilizado pela UE para financiar a investigação na Europa, desde 2007 até 2013.
O FP7 apoia a investigação em áreas consideradas prioritárias (Saúde, Alimentação, Agricultura e Biotecnologias, Tecnologias da Informação e das Telecomunicações, Nanociências, Nanotecnologias, Materias e novas Tecnologias de Produção, Energia, Ambiente, Transportes, Ciências Socioeconómicas e Ciências Humanas, Segurança, Espaço) com o objectivo de tornar a UE líder mundial nos sectores em questão.
Para assegurar a máxima disseminação e visibilidade dos resultados da investigação financiada pelo 7.º Programa-Quadro, a Comissão Europeia obriga ao depósito das publicações que resultem de uma parte dos projectos financiados por este programa, em repositórios de Acesso Aberto, com períodos de embargo que não podem ultrapassar os 12 meses. Para mais informações sobre o Projecto-piloto Open Access do 7º Programa-Quadro, consulte o documento produzido pela Comissão Europeia: http://ec.europa.eu/research/science-society/document_library/pdf_06/open-access-pilot_en.pdf.
O Projecto OpenAIRE (Open Access Infrastructure for Research in Europe), apoiado pela Comissão Europeia, pretende apoiar os investigadores no cumprimento das condições do Projecto-piloto Open Access.
No seu discurso de lançamento do OpenAIRE, Neelie Kroes (Vice-Presidente da Comissão Europeia e responsável pela Agenda Digital), defendeu o acesso livre e online à produção científica e cultural como um direito humano fundamental:
“Scientific information has the power to transform our lives for the better - it's too valuable to be locked away. In addition, every EU citizen has the right to access and benefit from knowledge produced using public funds.” (in Ghent Declaration)

Neelie Kroes, num discurso proferido durante a Semana Open Access 2011:



Assista à gravação da sessão de esclarecimento sobre o projecto OpenAIRE em:
https://webconference.fccn.pt/colibri/public/FowardForParticipate.jsp?confid=6592
Esta sessão é particularmente dirigida aos investigadores envolvidos em projectos financiados pelo Conselho Europeu de Investigação ou pelo 7º Programa-Quadro (FP7) e que têm que cumprir as condições Open Access previstas nestes programas.

Para mais informações contacte-nos através de email ou telefone (div.db.secretariado@fct.unl.pt | 212 947 829, ext. 15702/15714).

24 de Outubro de 2011
Banca do Acesso Aberto
Edifício Departamental (11-15h)
Sessões contínuas sobre Acesso Aberto
Biblioteca Piso 0

"O que é o Acesso Aberto? “
Acesso Aberto ou “Open Access” (ou “Acesso livre”)[1]  significa a disponibilização livre na Internet de cópias gratuitas, online, de artigos de revistas científicas revistos por pares (peer-reviewed), comunicações em conferências, bem como relatórios técnicos, teses e documentos de trabalho.
Existem três marcos fundamentais associados ao Movimento do Acesso Aberto: Declaration of the Budapest Open Access Initiative, Bethesda Statement on Open Access PublishingBerlin declaration on Open Access to Scientific Knowledge. As declarações em questão realçam os novos desafios que se colocam ao sistema de comunicação científica como consequência da Internet e das possibilidades de difusão do conhecimento através deste meio. Entre os signatários destas declarações, contam-se as várias partes interessadas, nomeadamente, universidades, agências de financiamento para a Ciência, investigadores e bibliotecários. 
Existem duas vias para o Acesso Aberto: a publicação em revistas de acesso aberto, algumas indexadas no ISI (via dourada) e o auto-arquivo em repositórios institucionais e/ou temáticos de acesso aberto (via verde).
No entanto, um número crescente de revistas científicas “tradicionais” já contempla a opção de publicação em Acesso Aberto e/ou o auto-arquivo de, pelo menos, uma das versões publicadas, em repositórios institucionais e/ou temáticos.
A informação sobre as políticas de auto-arquivo das editoras e revistas científicas está disponível na base de dados internacional SHERPA/ROMEO.
A disponibilização de literatura científica em Acesso Aberto resulta num aumento do impacto e da visibilidade, tanto para os autores como para as instituições, como alguns estudos demonstram e que podem ser consultados em: “The effect of open access and downloads [“hits”] on citation impact: a bibliography of studies”. A disponibilização em acesso Aberto é um interesse óbvio das universidades, das suas unidades orgânicas (centros de investigação), bem como dos docentes e investigadores individualmente.
O seguinte vídeo ilustra bem as vantagens do Acesso Aberto para a comunidade científica, para as instituições e para a sociedade civil. 

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