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Exposição | Parallel Lives



Philip Hunt
15 de novembro a 18 de dezembro
Inauguração | 15 de novembro 17h00
Sala Estúdio | Biblioteca FCT NOVA

Philip Hunt
Porque anda Phil Hunt a pintar bilionários?

Pintar pessoas... Pintar pessoas já foi uma abordagem mais popular da arte do que é hoje em dia. E no entanto o pintar pessoas é uma das formas de expressão mais antigas e omnipresentes da arte.

Desde os caçadores de mamutes do paleolítico aos santos mártires da idade média... Outrora também uma forma única de imortalizar os senhores das classes mais abastadas... E que, apesar do sucesso da fotografia, tem mesmo assim vindo a teimar em renascer no turbilhão que é hoje a arte contemporânea...

O poder de pintar pessoas e o poder das pessoas que são pintadas encontram-se enrodilhados entre si nesta série, em formato miniatura, que nos é trazida por Phil Hunt.

A arte sempre foi uma forma do artista exercer ele próprio um poder autónomo ao denunciar questões sociais... Fosse ele o poder das mil tentações do demónio ou o poder mágico de uma mão do caçador soprada como stencil...

O poder que Phil Hunt nos traz em ambiente íntimo, é um poder por vezes próximo e conhecido mas que muito dele será também distante e quase alienígena... Quem são estes rostos que em pouco mais de seis centímetros quadrados exigem a nossa aproximação para que possamos desfrutar da delicadeza das pinceladas? De que forma nos relacionamos com estes barões da idade moderna retratados numa escala totalmente inversa de influência?

Através de uma paleta de pigmentos sóbrios, mas também quase sempre frios, somos provocados pelos mais altos poderes. Mas é também nessa paleta que o poder exercido pela distribuição cuidada das velaturas acaba por nos subjugar.

É inegável que se assiste nesta série ao poder de comunicação pela arte que, suportada neste trabalho pelo próprio conceito do poder, recompensa o visitante. Trocos recebidos na moeda do encantamento.

João Carvalho Lisboa, 2018












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