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Conversas sobre Património



Biblioteca e DCR | FCT NOVA
21 de novembro | 14 h | 2018

O ano de 2018 foi assinalado pela União Europeia como Ano Europeu do Património Cultural. Esta iniciativa procura destacar a importância fulcral do património cultural e da cultura europeia nos seus diversos pontos de contacto, mas também nas suas múltiplas variantes e especificidades. O Património Cultural é parte integrante das nossas vidas, apresentando-se não apenas nas vertentes que mais facilmente identificamos - como as obras que vemos nos museus, a literatura ou a música - mas também nas tradições com que crescemos que vão do fado, aos costumes próprios de cada região e à gastronomia e vinhos que marcam a cultura alimentar de um povo.

A preservação do património, para nosso usufruto e para as gerações futuras, é absolutamente crucial e deve ser tida em conta como uma preocupação chave entre as questões a ponderar no futuro da Europa. O contexto do novo milénio, marcado por dilemas como as alterações climáticas, a globalização e consequente perda de identidade cultural ou a ascensão fulminante das novas tecnologias, coloca novos problemas e desafios na preservação do património cultural.

Neste contexto de promoção e salvaguarda do Património Cultural Europeu, o Departamento de Conservação e Restauro (DCR) e a Biblioteca da FCT NOVA desenvolveram variadas ações, associando-se às comemorações que ao longo do ano tem tido lugar por toda a Europa. A Biblioteca tem sido uma interface cultural com o Campus e a Comunidade. O DCR, com forte componente em
ensino e investigação tem entre as suas missões a de contribuir para uma melhor conservação e usufruto do património, nomeadamente da valiosa e quase milenar herança cultural portuguesa, que urge preservar para as gerações futuras.

O Encontro “Conversas sobre o Património” promovido pelo DCR&Biblioteca FCT NOVA reúne assim um cruzamento de conhecimentos, bem como a reflexão e o debate sobre questões tão pertinentes tais como: a importância do património, a reabilitação e salvaguarda do património, o património na sociedade contemporânea e o seu impacto na comunidade, ou o património e as novas
tecnologias.

PROGRAMA

14:00-14:15 Abertura
Breves palavras
Virgílio Machado (Diretor FCT NOVA)
Maria João Melo (DCR FCT NOVA) e José Moura (Biblioteca FCT NOVA)

14:15-14.30
Joana Monteiro (Museu de Lisboa, ICOM – CAMOC)
“O projeto do Museu de Lisboa – linhas gerais de uma reformulação
patrimonial e museológica”.

14:30-14:45
Roberto Rubiolo
Ex director del Área de Rehabilitación de Plasencia ARI - España
“Patrimonio Industrial / Tangible e Intangible”

14:45-15:00
Maria Paula Diogo (DCSA, FCT NOVA)
“Reflexões sobre o património no Antropocénico”

15:00-15:15
Judite Alves (MUHNAC e PRISC)
“Museus, património e coleções científcas: um valor a descobrir”

15:15-15:30
Daniel Gomes (FCT:Arquivo.pt)
“O passado da Web: um Património esquecido?”

15:30-15:45
Paula Meireles (Arquivo de Ciência e Tecnologia, FCT)
“O Arquivo de Ciência e Tecnologia: um espaço de conhecimento”

15:45-16:00
Virgílio Loureiro (Prof. Associado reformado, ISA UL)
“Vinho, símbolo civilizacional ou apenas “copos”?”

16:00-16:30
Conversa / Conclusões

16:30
Convívio em tornos de vinhos



CV´s

Joana Sousa Monteiro
Joana Sousa Monteiro é museóloga. É diretora do Museu de Lisboa desde fevereiro de 2015.
Foi assessora da Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa para a área dos museus e do património (2010-2015). Foi Coordenadora-adjunta da Rede Portuguesa de Museus no Instituto Português de Museus (2000 a 2010). Anteriormente foi técnica do Instituto de Arte Contemporânea e colaboradora do Museu Nacional de Arte Contemporânea.
É licenciada em História, variante História da Arte (Universidade Nova), pós-graduada em Museologia (Universidade Lusófona), e pós-graduada em Gestão e Empreendedorismo Cultural e Criativo (ISCTE).
Foi membro da direção da Comissão Nacional Portuguesa do Conselho Internacional de Museus-ICOM (ICOM Portugal), e é presidente do Comité Internacional de Museus de Cidade do ICOM (CAMOC) desde 2016.

Roberto Rubiolo Pardo
Architect FAU-UNC (Córdoba National University, Argentina)
Master Rehbilitationof Historical Patrimony (ULPGC 1992)
Reward Archirect´s College Province of Cordoba  1999
Single-Family Housing – Córdoba – Argentina
Curator Expositions and Conference Cycles
REhabilita 2006-2012 Plasencia, Caceres, Badajoz (Spain), Lisboa, Castelo Branco, Portalegre (Portugal)
Visiting Lecturer FCT NOVA, Campus de Caparica.

Maria Paula Diogo
Professora Catedrática no Departamento de Ciências Sociais Aplicadas da FCT NOVA e Dirige o Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (CIUHCT), Tendo  sido pioneira da área da História da Tecnologia em Portugal, a sua investigação centra-se na História da Tecnologia e Engenharia em Portugal e antigas colónias (séculos XVIII-XX), com especial atenção aos processos de globalização/mundialização da Ciência e da Tecnologia (transferência de conhecimentos, redes, relações centro(s)/periferia(s). Coordena projectos de investigação nacionais e internacionais, é membro de diversas redes de investigação internacionais e ocupa cargos de direcção em revistas e organizações nacionais e internacionais. As suas mais recentes publicações são Europeans Globalizing: Mapping, Exploiting, Exchanging (co-autoria com Dirk van Laak, Palgrave/Macmillan, 2016) e STEP Matters, Technology & Culture, 57 (4), 2017; 926-997.

Daniel Gomes
Daniel Gomes iniciou e lidera o serviço Arquivo.pt na FCT-FCCN.  
É investigador na área de pesquisa e preservação da web desde 2001. Na sua tese de doutoramento dissertou acerca do impacto das características da informação publicada na web sobre o desenho de sistemas de larga-escala que permitam o seu processamento.

Maria Judite Alves
Maria Judite Alves doutorou-se em Biologia, especialidade Biologia Evolutiva, na Universidade de Lisboa em 1998. É Investigadora Auxiliar do Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC) desde 2001 e está integrada no Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Desenvolve investigação na área da evolução e biossistemática da ictiofauna ibérica.
Tem coordenado e participado em diversos projetos de investigação financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e pela Comissão Europeia. É co-autora de cerca de 50 publicações científicas em revistas internacionais da especialidade e de 7 capítulos de livros.
É coordenadora da Área da História Natural do MUHNAC, participando ativamente nas infraestruturas científicas nacionais PRISC – Portuguese Research Infrastructure for Scientific Collections e PORBIOTA -  Portuguese E-Infrastructure for Information and Research on Biodiversity. É coordenadora em Portugal da infraestrutura europeia DiSSCo - Distributed System of Scientific Collections, incluída no Roteiro para 2018 do Fórum Estratégico Europeu para a Infraestruturas de Investigação (ESFRI - European Strategy Forum on Research Infrastructures) que estabele as infraestruturas de investigação de interesse pan-europeu para as necessidades a longo prazo da comunidade científica europeia.

Paula Meireles
Licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade Autónoma de Lisboa Luís de Camões (1996). Em 2007 conclui o Curso de Especialização em Ciências da Informação e da Documentação – variante Arquivística, pela FCSH-UNL, e em 2009 obtém o grau de mestre em Ciências da Informação e da Documentação – variante Arquivo, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL).
Desde 2009, exerce funções de coordenação das áreas de Gestão Documental e Arquivo da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). Participou na constituição do Arquivo de Ciência e Tecnologia aberto ao público desde Dezembro 2011. (www.act.fct.pt)
Desde outubro de 2003, enquanto investigadora do Instituto de História Contemporânea (IHC) da FCSH-UNL, tem participado em diversos projetos de investigação na área do tratamento, organização e disponibilização de acervos documentais, nomeadamente do Arquivo da Companhia Portuguesa Rádio Marconi (1925-1995), do Arquivo Ciência Viva, do arquivo da Polícia de Segurança Pública, do arquivo da Administração do Porto de Lisboa, entre outros.  
Participa e organiza, frequentemente, encontros de divulgação científica na área do património documental, nomeadamente arquivos de ciência, arquivos da administração pública e temáticas específicas de tratamento e organização de arquivos documentais

Virgílio Loureiro
Virgílio Loureiro foi Regente Agrícola, pela Escola de Coimbra, Eng.º Agrónomo, pela Universidade Técnica de Lisboa, e Eng.º Biológico, pela Universidade Nova de Lisboa, mas queria ser médico. Doutorou-se em Microbiologia e dedicou-se ao tema durante 40 anos, investigando e partilhando o que sabia com os seus alunos, no Instituto Superior de Agronomia. Está aposentado, com tempo para se dedicar à paixão que tem há meio século: o vinho. Da História à Geografia, do solo ao clima, da paisagem ao terroir, da videira à vinha, do vinho à garrafa, da prova ao prazer, interessa-se um pouco por tudo. Julga, por isso, saber a razão do vinho ser o símbolo da civilização mediterrânica.










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